segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

VIDA CONSAGRADA

Recentemente, no final de um encontro com os superiores gerais de vários institutos religiosos, o Papa Francisco dedicou o ano 2015 à Vida
Consagrada (VC). Um conjunto de eventos será concretizado ao longo deste ano, com o intuito de despertar a comunidade eclesial em particular, e a sociedade em geral para esta “realidade periférica” na vida da Igreja. As pouquíssimas vocações e a elevada taxa de abandono de alguns membros fazem com que o futuro de algumas obras, até então fundadas e geridas pelos institutos, estejam em causa. Para que serve a vida consagrada? Qual é a sua missão? Ela nasceu no longínquo séc. II e III quando um crescente número de homens e mulheres, motivados por um desejo de imitar Jesus, renunciaram à vida normal e professaram os conselhos evangélicos – os votos de pobreza, castidade e obediência. Deste modo, procuravam seguir de forma mais perfeita o Mestre sendo como Ele foi, pobre entre os pobres, casto por causa do Reino dos Céus e obediente à vontade do Pai. Aos poucos, os religiosos ganharam o seu lugar na Igreja. A sua fisionomia diverge da dos leigos que “estão no mundo” e da dos clérigos, a hierarquia da Igreja formada exclusivamente por homens. Hoje a expressão VC abarca uma grande variedade de institutos masculinos e femininos que incluem desde os grupos mais austeros e recolhidos como os monges da Cartuxa, aos de perfil mais missionário, como as sociedades de vida apostólica, os Vicentinos, que têm por missão realizar, em cada tempo e lugar, a profecia de Isaías, a mesma que Jesus assumiu como programa de vida: «O espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu e me enviou a anunciar a boa nova aos pobres, a curar os corações atribulados…». A VC tem futuro? Sabemos, ainda que vagamente, que ela foi em muitas áreas uma “ponta de lança” da ação Igreja. Os seus membros deixaram marcas nas mais variadas áreas desde a culinária à arquitetura, sem esquecer a ciência e a cultura. Hoje é difícil percorrer o país e o continente europeu sem encontrar organizações dinamizadas por algum instituto religioso. Os colégios e as universidades, os lares de idosos e os orfanatos, as clínicas e os hospícios, são estruturas que testemunham a vitalidade de outrora. Os objetivos para este ano foram definidos: 1. Fazer memória agradecida do passado; 2. Abraçar o futuro com esperança; 3.Viver o presente com paixão. O desafio está lançado: rezemos pela VC. Pe. Nélio Pita

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