quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

AS ANTÍFONAS MAIORES DO ADVENTO

De 17 a 23 de Dezembro, as sete antífonas que acompanham o canto do Magnificat, nas Vésperas da Liturgia das Horas e na aclamação ao Evangelho, na Eucaristia, constituem uma série, chamada das «antífonas maiores» ou «antífonas do Ó».Cada uma delas começa, de facto, com uma invocação - «Ó» -, dirigida ao Senhor Jesus. Este Septenário é muito antigo, remontando aos tempos do Papa Gregório Magno, cerca dos anos 600, e encontra-se no Liber responsalis, sive antiphonarius como antífonas do texto evangélico do Magnificat, nos sete dias que, no final do Advento, precedem a celebração do Natal. Uma primeira observação confirma a unidade e a ordem desta série de antífonas. Quem lê em latim a primeira letra, que em cada uma delas, vem depois do «Ó» inicial,lido ao contrário, descobre um acróstico significativo: ERO CRAS: (Sapientia, Adonai, Radix, Clavis; Oriens, Rex, Emamanuel), ou seja, «serei/estarei amanhã». Vê-se que a série se divide em duas partes: as quatro primeiras antífonas, de 17 a 20 de Dezembro, e as três últimas, de 21 a 23. De facto, elas foram compostas muito cuidadosamente: depois de um título, introduzido pelo «Ó» e justificado por duas linhas, salvo na quinta antífona, a última linha formula um pedido introduzido por «veni/vinde». Além disso, todas estas linhas constituem mais ou menos um bloco de textos, na maioria do Antigo Testamento, que anunciam o Messias. Já estamos, portanto, na atmosfera do Advento, tão bem afirmado na Liturgia da Palavra depois da reforma litúrgica desejada pelo II Concílio do Vaticano. Maurice Gilbert, sj

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