segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
DEIXAI-VOS FASCINAR
"Queridos jovens, não vos contenteis com uma vida medíocre. Deixai-vos fascinar pelo que é verdadeiro e belo, por Deus" (Papa Francisco).
É como quem vos diz: Não te apagues...ALGUÉM TE CHAMA!
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
ANO VOCACIONAL VICENTINO
Porquê um ANO VOCACIONAL VICENTINO?
1.Porque não se pode falar em Igreja sem se pensar em Vocações. Na verdade, Igreja e Vocações constituem um binómio de interdependência recíproca essencial: não podem subsistir uma sem a outra. A vocação é uma realidade constitutiva do ser ecclesia – lugar de encontro dos «chAMADOS» ou Assembleia dos «conVOCADOS».
2.Porque temos de aproveitar os “novos ventos” que animam a Igreja universal. O Papa Francisco convoca-nos a uma nova “saída” missionária: “hoje todos somos chamados a esta nova «saída» missionária. […] Sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG 20).
3.Porque nós, enquanto Província da Congregação da Missão, definimos a Pastoral das Vocações como urgência e exigência de fidelidade ao carisma. Face à realidade de membros e de candidatos a Assembleia Provincial 2012 concluía que a Pastoral das Vocações tem de ser uma urgência que nos deve mobilizar a todos sem excepção sob pena de não estarmos a ser fiéis ao carisma que nos anima: ao jeito de Vicente de Paulo, seguir Jesus Cristo, missionário do Pai e evangelizador dos pobres.
4.Porque sentimos que na Igreja desta velha Europa falta ardor apostólico e missionário. “Em muitos lugares, há escassez de vocações ao sacerdócio e vida consagrada. Frequentemente isso fica a dever-se à falta de ardor apostólico contagioso nas comunidades, pelo que estas não entusiasmam nem fascinam. Onde há vida, fervor, paixão de levar Cristo aos outros, surgem vocações genuínas (EG 107).
5.Porque desejamos edificar comunidades cristãs que sejam verdadeiras escolas vocacionais: lugares que chamam e onde se faz a experiência feliz de ser chamado para toda a vida; lugar onde quem se sente chamado não faz caminho sozinho mas é amado e acompanhado; espaços de liberdade onde no anúncio da fé, se consolida, progressivamente, uma clara proposta vocacional, dirigida a todos em cada fase da sua vida. Na Igreja de Deus, quem é chamado deve, por sua vez, ser alguém que chama.
6.Porque queremos favorecer a aprendizagem da escolha. Queremos ser sujeitos “pro-vocantes”, sem medo de ser contra-cultura e propor o aspecto dramático da fé - Cristo entregou-se por nosso amor -, como opção crente feita de escolhas quotidianas.
7.Porque somos homens que acreditam no poder e na força transformadora da oração. A oração é fundamental para uma genuína animação vocacional, mas não como alibi que nos dispensa de pensar no outro, ou até de assumir as próprias responsabilidades. A oração vocacional é-o verdadeiramente não só quando multiplica horas de oração para pedir a graça de vocações missionárias, mas na medida em que predispõe as pessoas a assumir uma atitude correcta nesse sentido, ou seja, a atitude de responsabilidade unida ao empenhamento pessoal.
Neste mundo em mutação todos somos chamados a mudar [CONVERTER] tendo em conta as novas exigências e perspectivas, tal como as novas formas de se auto-conceber e de exercer o ministério missionário. A Pastoral Vocacional propõe que as comunidades possam acolher no seu próprio ser e modo de agir a dimensão vocacional. Aqui te apresentamos sete boas razões para te empenhares ainda mais na vivência e celebração deste ANO VOCACIONAL VICENTINO.
Assim nasceu a Congregação da Missão
Como capelão dos Gondi, Vicente acompanhava-os nas viagens que faziam às suas terras. Num dia do mês de Janeiro de 1617, estando no castelo de Folleville com a nobre família, é chamado para ir urgentemente a Gannes. Alguém pedia-lhe que comparecesse rapidamente ante a presença de um pobre aldeão que, apesar de ter fama de santo, perante a proximidade da morte, desejava confessar-se. [...] Depois da confissão, de consciência apaziguada e cheio de alegria, teve um surpreendente desabafo aos familiares e vizinhos: «ter-me-ia condenado se não tivesse feito uma confissão geral.» [...] «Que é isto que acabamos de ouvir? - lamenta a senhora [Gondi]. Para tranquilizar a consciência da senhora que, de um dia para o outro, descobria o estado de condenação dos habitantes da suas terras, Vicente propõe-se pregar na Igreja de Folleville. O tema seria a necessidade da confissão geral e o modo de a fazer bem. Na data marcada, 25 de Janeiro, dia da conversão de S. Paulo, a igreja estava apinhada de homens e mulheres. [...] Vicente dirigiu-se à multidão com ternura, simplicidade e clareza.Com entusiasmo falou-lhes sobre a utilidade da confissão geral e os meios para a fazer bem. E, como o agricultor que lança as sementes e espera que a terra lhas devolva em abundância, terminada a pregação, Vicente, no confessionário, predispôs-se para colher o fruto da sementeira. «Deus abençoou as minhas palavras» - dirá mais tarde. [...] A experiência de Folleville repetiu-se nas aldeias vizinhas. [...] Anos mais tarde, dirá que «aquele foi o primeiro sermão da Missão» para sublinhar que Deus manifestara a sua vontade naquele inesperado acontecimento. Para ele, e para os membros da futura Congregação, o dia 25 de Janeiro seria para sempre lembrado como o dia da fundação da Congregação da Missão. (in: Pita, Nélio, VICENTE DE PAULO, Pai dos pobres, Paulinas, p. 48-50)
SER DISCÍPULOS DE JESUS CORDEIRO DE DEUS
"O que significa para a Igreja, para nós, hoje, ser discípulos de Jesus Cordeiro de Deus?
Significa viver a inocência em vez da malícia; o amor em vez da força; a humildade em vez da soberba; o serviço em vez do prestígio."
Papa Francisco
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Mensagem do Francisco para o 51º dia mundial de oração pelas vocações (nº 1)
1. Narra o Evangelho que «Jesus percorria as cidades e as aldeias (...).
Contemplando a multidão, encheu-Se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos seus discípulos: "A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe"» (Mt 9, 35-38). Estas palavras causam-nos surpresa, porque todos sabemos que, primeiro, é preciso lavrar, semear e cultivar, para depois, no tempo devido, se poder ceifar uma messe grande. Jesus, ao invés, afirma que «a messe é grande». Quem trabalhou para que houvesse tal resultado? A resposta é uma só: Deus. Evidentemente, o campo de que fala Jesus é a humanidade, somos nós. E a acção eficaz, que é causa de «muito fruto», deve-se à graça de Deus, à comunhão com Ele (cf. Jo 15, 5). Assim a oração, que Jesus pede à Igreja, relaciona-se com o pedido de aumentar o número daqueles que estão ao serviço do seu Reino. São Paulo, que foi um destes «colaboradores de Deus», trabalhou incansavelmente pela causa do Evangelho e da Igreja. Com a consciência de quem experimentou, pessoalmente, como a vontade salvífica de Deus é imperscrutável e como a iniciativa da graça está na origem de toda a vocação, o Apóstolo recorda aos cristãos de Corinto: «Vós sois o seu [de Deus] terreno de cultivo» (1 Cor 3, 9). Por isso, do íntimo do nosso coração, brota, primeiro, a admiração por uma messe grande que só Deus pode conceder; depois, a gratidão por um amor que sempre nos precede; e, por fim, a adoração pela obra realizada por Ele, que requer a nossa livre adesão para agir com Ele e por Ele.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Mensagem do Papa Francisco para o 51º Dia Mundial de Oração pelas Vocações
11 de Maio de 2014 - IV Domingo de Páscoa
VOCAÇÕES, TESTEMUNHO DA VERDADE
Amados irmãos e irmãs!
1. Narra o Evangelho que «Jesus percorria as cidades e as aldeias (...). Contemplando a multidão, encheu-Se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos seus discípulos: "A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe"» (Mt 9, 35-38). Estas palavras causam-nos surpresa, porque todos sabemos que, primeiro, é preciso lavrar, semear e cultivar, para depois, no tempo devido, se poder ceifar uma messe grande. Jesus, ao invés, afirma que «a messe é grande». Quem trabalhou para que houvesse tal resultado? A resposta é uma só: Deus. Evidentemente, o campo de que fala Jesus é a humanidade, somos nós. E a acção eficaz, que é causa de «muito fruto», deve-se à graça de Deus, à comunhão com Ele (cf. Jo 15, 5). Assim a oração, que Jesus pede à Igreja, relaciona-se com o pedido de aumentar o número daqueles que estão ao serviço do seu Reino. São Paulo, que foi um destes «colaboradores de Deus», trabalhou incansavelmente pela causa do Evangelho e da Igreja. Com a consciência de quem experimentou, pessoalmente, como a vontade salvífica de Deus é imperscrutável e como a iniciativa da graça está na origem de toda a vocação, o Apóstolo recorda aos cristãos de Corinto: «Vós sois o seu [de Deus] terreno de cultivo» (1 Cor 3, 9). Por isso, do íntimo do nosso coração, brota, primeiro, a admiração por uma messe grande que só Deus pode conceder; depois, a gratidão por um amor que sempre nos precede; e, por fim, a adoração pela obra realizada por Ele, que requer a nossa livre adesão para agir com Ele e por Ele.
2. Muitas vezes rezámos estas palavras do Salmista: «O Senhor é Deus; foi Ele quem nos criou e nós pertencemos-Lhe, somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho» (Sal 100/99, 3); ou então: «O Senhor escolheu para Si Jacob, e Israel, para seu domínio preferido» (Sal 135/134, 4). Nós somos «domínio» de Deus, não no sentido duma posse que torna escravos, mas dum vínculo forte que nos une a Deus e entre nós, segundo um pacto de aliança que permanece para sempre, «porque o seu amor é eterno!» (Sal 136/135, 1). Por exemplo, na narração da vocação do profeta Jeremias, Deus recorda que Ele vigia continuamente sobre a sua Palavra para que se cumpra em nós. A imagem adoptada é a do ramo da amendoeira, que é a primeira de todas as árvores a florescer, anunciando o renascimento da vida na Primavera (cf. Jr 1, 11-12). Tudo provém d'Ele e é dádiva sua: o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro, mas – tranquiliza-nos o Apóstolo - «vós sois de Cristo e Cristo é de Deus» (1 Cor 3, 23). Aqui temos explicada a modalidade de pertença a Deus: através da relação única e pessoal com Jesus, que o Baptismo nos conferiu desde o início do nosso renascimento para a vida nova. Por conseguinte, é Cristo que nos interpela continuamente com a sua Palavra, pedindo para termos confiança n'Ele, amando-O «com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças» (Mc 12, 33). Embora na pluralidade das estradas, toda a vocação exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho. Quer na vida conjugal, quer nas formas de consagração religiosa, quer ainda na vida sacerdotal, é necessário superar os modos de pensar e de agir que não estão conformes com a vontade de Deus. É «um êxodo que nos leva por um caminho de adoração ao Senhor e de serviço a Ele nos irmãos e nas irmãs» (Discurso à União Internacional das Superioras Gerais, 8 de Maio de 2013). Por isso, todos somos chamados a adorar Cristo no íntimo dos nossos corações (cf. 1 Ped 3, 15), para nos deixarmos alcançar pelo impulso da graça contido na semente da Palavra, que deve crescer em nós e transformar-se em serviço concreto ao próximo. Não devemos ter medo: Deus acompanha, com paixão e perícia, a obra saída das suas mãos, em cada estação da vida. Ele nunca nos abandona! Tem a peito a realização do seu projecto sobre nós, mas pretende consegui-lo contando com a nossa adesão e a nossa colaboração.
3. Também hoje Jesus vive e caminha nas nossas realidades da vida ordinária, para Se aproximar de todos, a começar pelos últimos, e nos curar das nossas enfermidades e doenças. Dirijo-me agora àqueles que estão dispostos justamente a pôr-se à escuta da voz de Cristo, que ressoa na Igreja, para compreenderem qual possa ser a sua vocação. Convido-vos a ouvir e seguir Jesus, a deixar-vos transformar interiormente pelas suas palavras que «são espírito e são vida» (Jo 6, 63). Maria, Mãe de Jesus e nossa, repete também a nós: «Fazei o que Ele vos disser!» (Jo 2, 5). Far-vos-á bem participar, confiadamente, num caminho comunitário que saiba despertar em vós e ao vosso redor as melhores energias. A vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor uns aos outros que se faz serviço recíproco, no contexto duma vida eclesial autêntica. Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno. Porventura não disse Jesus que «por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 35)?
4. Amados irmãos e irmãs, viver esta «medida alta da vida cristã ordinária» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31) significa, por vezes, ir contra a corrente e implica encontrar também obstáculos, fora e dentro de nós. O próprio Jesus nos adverte: muitas vezes a boa semente da Palavra de Deus é roubada pelo Maligno, bloqueada pelas tribulações, sufocada por preocupações e seduções mundanas (cf. Mt 13, 19-22). Todas estas dificuldades poder-nos-iam desanimar, fazendo-nos optar por caminhos aparentemente mais cómodos. Mas a verdadeira alegria dos chamados consiste em crer e experimentar que o Senhor é fiel e, com Ele, podemos caminhar, ser discípulos e testemunhas do amor de Deus, abrir o coração a grandes ideais, a coisas grandes. «Nós, cristãos, não somos escolhidos pelo Senhor para coisas pequenas; ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jogai a vida por grandes ideais!» (Homilia na Missa para os crismandos, 28 de Abril de 2013). A vós, Bispos, sacerdotes, religiosos, comunidades e famílias cristãs, peço que orienteis a pastoral vocacional nesta direcção, acompanhando os jovens por percursos de santidade que, sendo pessoais, «exigem uma verdadeira e própria pedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos; deverá integrar as riquezas da proposta lançada a todos com as formas tradicionais de ajuda pessoal e de grupo e as formas mais recentes oferecidas pelas associações e movimentos reconhecidos pela Igreja» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31).
Disponhamos, pois, o nosso coração para que seja «boa terra» a fim de ouvir, acolher e viver a Palavra e, assim, dar fruto. Quanto mais soubermos unir-nos a Jesus pela oração, a Sagrada Escritura, a Eucaristia, os Sacramentos celebrados e vividos na Igreja, pela fraternidade vivida, tanto mais há-de crescer em nós a alegria de colaborar com Deus no serviço do Reino de misericórdia e verdade, de justiça e paz. E a colheita será grande, proporcional à graça que tivermos sabido, com docilidade, acolher em nós. Com estes votos e pedindo-vos que rezeis por mim, de coração concedo a todos a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 15 de Janeiro de 2014
FRANCISCO
© Copyright - Libreria Editrice Vaticana
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Oração pelas vocações vicentinas
Esperança de Israel,
Salvador nosso no tempo da aflição:
lançai sobre nós o Vosso olhar propício.
Vede e visitai esta vinha,
inundai de águas fecundas os seus sulcos,
multiplicai os seus rebentos,
tornai-a perfeita, pois a Vossa direita a plantou.
Na verdade, a messe é grande,
mas os operários são poucos.
Nós Vos rogamos, pois, Senhor da messe,
que envieis operários para a Vossa messe.
Multiplicai a família e fazei crescer a alegria
para que sejam restaurados os muros de Jerusalém.
É Vossa esta casa,
Senhor nosso Deus,
é Vossa esta casa!
Não haja nela nenhuma pedra
que a Vossa mão não tenha colocado.
Mas, aqueles que chamastes,
guardai-os no Vosso Nome
e santificai-os na verdade.
Ámen.
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
É com alegria que saúdo o internauta que resolveu viajar neste blog.
“clika” e abrir-se-á…
Este blog pretende ser uma ajuda para todos aqueles – jovens e adultos – que se interrogam sobre a sua vocação pessoal, o sentido da sua história, a qualidade das suas relações …, o seu papel neste mundo face ao futuro.
A vocação é um acontecimento que nos reconcilia com a nossa própria pessoa, com Deus e com os outros. Porque Deus nos quer falar, não se cansa de nos chamar.
Deus chama-te para te revelar a Sua vontade e para te propor um caminho de vida.
Por isso, faz-te peregrino nesta aventura do espírito, na certeza de que, o caminho faz-se caminhando e cá te espera Aquele que sempre te recebe. Insiste e entra na onda … navega com Cristo porque “O AMOR É INFINITAMENTE INVENTIVO (São Vicente de Paulo).
N…alguém te (ch)AMA!
Igreja e vocações constituem um binómio de interdependência recíproca essencial: não podem subsistir uma sem a outra. A VOCAÇÃO é, na verdade, uma realidade constitutiva da ecclesia, lugar de encontro dos «(ch)amados», dos «(con)VOCADOS».
Na Igreja de Deus, com efeito, quem é (ch)amado deve, por sua vez, ser alguém que (ch)ama. Esta, parece-me ser uma realidade que, hoje mais do que nunca, de forma alguma, podemos esquecer e/ou esconder.
Ter sido nomeado coordenador da pastoral vocacional da PPCM, despertou-me novamente para isso. E a preparação pessoal que este serviço me está a exigir despertou-me uma tremenda interrogação: a quantos crentes ou fiéis eu pedi para tomar consciência da sua vocação? Concreta e directamente, a quantos jovens e/ou menos jovens dirigi eu o convite a ser missionário ao jeito de Vicente de Paulo? Isto é, que proporção existe em mim entre a minha condição de (ch)amado e a minha condição de “(ch)amante”?
Estou convicto de que esta é também uma pergunta que todos os confrades e nossos colaboradores pastorais se põem: temos de nos perguntar o que estamos a fazer com as nossas vidas de (ch)amados, como olhamos o futuro, que “cartas estamos a jogar” e que atitudes estamos a assumir para nos afirmar-nos como protagonistas do desafio da existência?
Há quem diga que esta linguagem já não está na moda. Talvez, em parte, até concorde… mas, por outro lado, reparo que os tons da moda são tons “florescentes ou choque”, por isso, permitam-me a ousadia de vos poder “chocar” recordando-vos o direito (diria mesmo) o dever que os jovens e menos jovens têm de compreender para onde se dirigem e decidir livre e responsavelmente o sentido e o carácter da sua existência. Ou seja, questionarem-se sobre a sua vocação.
Como vêem e sabem, a pastoral vocacional, não é uma questão de sermões clericais, nem morais!...o que está em causa é a felicidade dos jovens, a sua auto-realização, essa sensação de plenitude que tem a ver com a consciência de estarem a avançar pelo caminho correcto ou de estarem a dar o melhor de si.
Aproveitemos o momento em que, felizmente, a maioria dos jovens ainda sabe que para nós, os crentes, esta sensação de realização, beleza, juventude e felicidade, está relacionada com uma condição muito precisa: realizar o plano de Deus. O nosso Deus não é um Deus triste, nem deseja que estejamos tristes; preocupa-lhe tanto a nossa felicidade que nos indica um projecto, o Seu projecto, graças ao qual participamos da Sua mesma alegria, e fora do qual só nos fica a inquietação.
Não tenham receio de ser indiscretos e perguntem, sem rodeios e evasivas, aos muitos jovens com quem se relacionam: N…, tu és feliz?
Confesso que, no caso de muitos jovens, essa felicidade se assemelha, mais que a um projecto, a uma “linha de sombra” e de indecisão e de incerteza. Em síntese e sinceramente: não me parecem jovens felizes. Ou então, não o são na medida em que o poderiam ser.
Já sabemos que a imagem que as investigações e as pesquisas sociológicas, neste momento, nos dão dos jovens não é demasiado atraente!
Os jovens de hoje revelam um grande medo (ou incapacidade) para eleger. Por isso, mais necessária e premente é a nossa presença próxima, acolhedora e, sobretudo, capaz de propor e ajudar a eleger caminhos seguros de realização e de felicidade.
p. Fernando, CM
Subscrever:
Mensagens (Atom)